quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Índio Pataxó foi morto pelo irmão

O (auto afirmado) índio pataxó hã-hã-hãe Antônio Jesus Silva, o "Caburé", confessou ter sido o autor dos disparos que mataram José de Jesus Silva, de 37 anos que foi morto na noite do dia 23 de outubro, em frente à Fazenda Boa Vista, no município de Pau Brasil.

Caburé, irmão de José de Jesus, afirmou que o disparo foi acidental. Ele contou à Polícia Federal que estava manuseando um revólver calibre 38 do "índio" Anderson Souza Melo no banco traseiro do carro em que os três estavam quando acertou o irmão, que estava à sua frente. A vítima ainda abriu a porta do carro e caiu, como que tentasse fugir.

A nova versão surgiu na semana passada, quando os agentes da Polícia Federal descobriram que os tiros que mataram José de Jesus foram deflagrados de dentro do carro e não de fora, como contaram os índios logo após o crime.

A versão anterior, largamente disseminada pela mídia, era de que dois homens em uma moto fizeram os disparos enquanto o pataxó abria a cancela da Fazenda Boa Vista, invadida há quase 1 mês pelo grupo. Os assassinos quiseram fazer a polícia acreditar que os produtores rurais estavam por trás do crime. Assim fortaleceram o grupo e jogaram a opinião pública contra os proprietários das fazendas invadidas.

Peritos da Polícia Federal estão em Pau Brasil para investigar a versão de que o índio foi morto acidentalmente. Caburé deve ser indiciado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Apesar da versão ser um tanto estapafúrdia. Anderson foi enquadrado por porte ilegal de arma.

As denuncias feitas pelo irmão da vítima após o crime poderiam ser enquadradas como calúnia. Porém a PF fechou os olhos para este delito e nenhum dos participantes foi indiciado por este crime.

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