domingo, 22 de abril de 2012

Trabalhador é morto por índios que invadiam fazenda no Sul da Bahia

Reportagem da Rede Bahia de 21/04/2012
A polícia de Pau Brasil, confirmou a morte de um trabalhador durante a invasão de uma fazenda por índios da tribo pataxó hã-hã-hãe no Sul da Bahia. Júlio César Passos Silva, funcionário da fazenda Santa Rita, que fica na região onde os índios pataxó vem promovendo invasões desde janeiro, foi morto com um tiro na nuca, enquanto fugia de tiros durante a invasão na tarde desta sexta-feira (20/04/2012). Um índio teria sido baleado na perna.

“Infelizmente, mais uma vida se foi. A polícia trabalha com a hipótese de execução. Ele trabalhava nessa fazenda, a Santa Rita. Ontem [sexta], um vizinho de fazenda informou que havia um corpo lá dentro, mas só hoje [sábado] os policiais vieram atuar na retirada”, afirma Cleide Marta, do sindicato rural de Pau Brasil, que acompanhou o trabalho de resgate do corpo até a delegacia de Polícia Civil. 

O corpo do funcionário só foi encontrado por volta das 14h deste sábado (21/04/2012) quando agentes da Polícia Federal, Polícia Militar e Polícia Civil estiveram na fazenda invadida. O corpo foi transferido para o Departamento de Polícia Técnica de Itabuna, onde será realizado o sepultamento.

O "índio" Ivanildo dos Santos, baleado na perna, foi socorrido por seus companheiros e encaminhado para o Hospital de Base, Itabuna.

Os policiais foram informados da invasão e de que haviam outras pessoas feridas ainda na tarde de sexta, mas, segundo agentes da Polícia Civil, apenas neste sábado (21/04/2012) os agentes conseguiram chegar até o local.

Um caminhão com trabalhadores rurais que seguiam para uma propriedade invadida para tentar retirar o gado foi incendiado na manhã de sábado (21/04/2012), também na cidade de Pau Brasil. Ninguém ficou ferido. Segundo testemunhas, os vaqueiros foram obrigados a fugir correndo antes do caminhão ser incendiado. Na delegacia, eles contaram que foram abordados por homens encapuzados e armados. Os suspeitos não foram localizados. O homem que dirigia o carro relatou que os trabalhadores chegaram a sofrer agressões, como chutes, antes de conseguirem correr para fugir do grupo.

"Cerca de 12 homens foram até uma fazenda retirar o gado. Homens atiraram contra o caminhão de boiadeiro. Aconteceu entre 8h e 9h. Eles furaram os pneus e espancaram os trabalhadores. Todos deram queixa na delegacia de Polícia Civil", afirma Cleile Marta.

O coordenador da FUNAI, Wilson de Sousa, provavelmente um dos líderes deste movimento, tenta sempre descriminalizar o movimento. Acredito que após cerca de 70 invasões com uso de armas pesadas, de uso restrito, duas pessoas mortas, uma na estrada e esta dentro da propriedade durante a invasão, a Polícia Federal deveria pressioná-lo para saber quem fornece armamento e apoio logístico para estas ações criminosas.


Um outro trabalhador foi baleado por índios em fevereiro na invasão de uma propriedade em Itaju do Colônia. Este trabalhador foi tratado em Vitória da Conquista e já não corre perigo. As queixas foram prestadas em Itaju do Colônia e na delegacia da PF em Ilhéus. Nem um suspeito foi indiciado até o momento. 

Quando a PM realizou manifestação pacífica em Salvador, o governador do estado convocou o exercito para a capital. As forças enviadas para a região não evitaram sequer uma ação dos indígenas.

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